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LGBT: Combate à discriminação no trabalho é luta permanente da CUT/SP



A CUT/SP botou o trio elétrico nas ruas durante a 16ª Parada LGBT realizada no domingo (10). Ao longo do percurso, da Avenida Paulista até a região central paulistana, muita música, animação, bom humor e as cores do arco-íris unidas ao vermelho cutista contra a discriminação.
Observando os milhares de participantes do evento, o secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, ressaltou que a luta contra  o preconceito sofrido pelos trabalhadores e trabalhadoras LGBTs é permanente na CUT/SP. “A CUT busca enraizar essa luta nos sindicatos para combater a discriminação da comunidade LGBT. Ao longo do ano o coletivo estadual busca organizar os coletivos nas subsedes, reunindo os sindicatos da região, dando orientações e distribuindo a cartilha LGBT”, explica o dirigente.
E a luta cotidiana não podia ser diferente porque no mercado de trabalho ainda há muito que avançar, avalia o secretário de Políticas Sociais: “é evidente que, especialmente em São Paulo, onde há uma lei estadual que combate a discriminação, a questão avançou bastante, mas ainda há muitos trabalhadores e trabalhadoras discriminados. É preciso aprofundar esse trabalho colocando o combate à discriminação nos acordos salariais. É um combate permanente que precisa ser feito nos locais de trabalho para acabar com a discriminação”.  Nos acordos coletivos de alguns sindicatos, como é o caso dos Bancários e Financiários e São Paulo, Osasco e Região, já é uma conquista o direito de incluir o nome do parceiro ou parceira do mesmo sexo como dependente do plano de saúde.
A Central também está engajada no movimento pela aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122, que visa criminalizar a homofobia no nível nacional, e realizará, no segundo semestre, o III Encontro Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras LGBT da CUT/SP. “É um momento importante porque é quando se faz um balanço das atividades dos últimos anos, elege ou reelege os membros do coletivo LGBT para dar continuidade aos trabalhos e sempre estamos renovando, trazendo novos sindicatos para o coletivo estadual”, afirma o dirigente.
Diversidade para toda a família
Parada2
“É um orgulho estar aqui pelo quarto ano consecutivo animando a Parada LGBT no trio elétrico da CUT”, afirmou o DJ Ed Caon, que comandou as picks ups e dançou do começo ao fim no ritmo de suas músicas eletrônicas.
Ele acredita que “o preconceito existe em todas as classes sociais e raças, mas hoje em dia vemos mães, pais e crianças na Parada LGBT. O preconceito caiu muito na sociedade. Hoje a parada tem a presença de muitos heterossexuais e de simpatizantes. Estamos caminhando para um mundo melhor, com certeza”, comemora.
O casal Cintia Cristina e Antonio José Domingos Filho trouxe as duas filhas, Isabela, de seis anos, e Giovana, de sete anos, para se divertirem juntos na 16ª Parada LGBT.
Eles já acompanharam o evento em anos anteriores e, segundo Cintia Cristina, “a orientação sexual é de cada um e nossos filhos vão crescer vendo isso. Precisamos mostrar as diferenças para que eles se acostumem e para não existir discriminação na escola, dentro de casa, na família. O mundo tem suas diferenças e os pais precisam estar preparados porque nossos filhos vão ver isso”, ressalta a mãe.
Para o pai, a presença na Parada LGBT é um momento para “trazer as crianças e evitar esse preconceito, essa imagem que as pessoas têm do homossexualismo. Acredito que é preciso abrir a mente das crianças desde cedo, pois somos iguais perante deus, perante a sociedade e não há motivo para discriminação”, destacou Domingos Filho.
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Download da "Cartilha LGBT – Conhecer, entender e respeitar, sim...discriminar, não"

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