MPT reafirma ganhos de trabalhadores a partir do acordo judicial com a Suzano Papel e Celulose
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Informações: Rogério Paiva - Assessor de Comunicação do MPT 5ª Região
O entendimento entre o MPT e a companhia produtora de papel pôs fim a ação civil pública, mediante pagamento de danos morais coletivos por parte da empresa e ao compromisso de eliminar contratos de intermediação de mão de obra, que resultavam em ganhos menores, condições inferiores de trabalho e menos benefícios para quase 11 mil terceirizados. Para Alberto Balazeiro, um dos integrantes do grupo, “a empresa fará a contratação diretamente daqueles que hoje têm vínculo com empresas terceirizadas. E isso só trará benefícios, já que os empregados da Suzano gozam de melhores salários, vantagens adicionais e principalmente maior respeito a normas de saúde e segurança no trabalho do que os das empresas terceirizadas.” A opinião é compartilhada pelo também procurador e integrante do grupo, Rômulo Almeida. “A primarização fará com que não haja mais duas categorias de trabalhadores: a dos empregados diretos, mais bem remunerados e com melhores condições, e a dos terceirizados, sujeitos a pagamentos inferiores e maiores riscos de acidentes”, afirmou. No último dia 11, MPT e Suzano assinaram acordo , já homologado pela Vara do Trabalho de Teixeira de Freitas, onde a ação corria, pondo fim à ação civil pública nº 0002069-52.2010.5.05.0531. No documento, a empresa se compromete a primarizar, ou seja, contratar diretamente os empregados de empresas terceirizadas que prestavam uma série de serviços para a Suzano, considerados atividades-fim da companhia. O MPT concedeu prazo de três anos para que as mudanças sejam feitas, de forma a facilitar a adaptação e permitir que o processo seja feito de forma planejada. A Suzano também se comprometeu a pagar indenização por danos morais coletivos de R$2 milhões e pode ter que pagar multa de R$100 por cada cláusula descumprida ou ainda de R$10 mil por cada trabalhador atingido. | |||||||||||||||||||||||
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